E a escola, está preparada para a sua criança?

E a escola, está preparada para a sua criança?

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 Todos os anos, por esta altura, milhares, talvez milhões de famílias começam a preparar o novo ano letivo para as suas crianças.

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 E todos os anos, em muitas escolas, muitas são atiradas às feras, vendo-se presas a uma carteira e a fazer frente a exigências implacáveis porque a Escola não pensou de forma consciente naquela criança como um ser individual.

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 Diz-se que o primeiro ano pode ser traumático, que é uma mudança enorme, difícil.

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 Bem, qualquer mudança pode ser difícil se não for bem preparada, e na maior parte das vezes o início do percurso escolar não é bem preparado.

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 Todos os anos, crianças com diferentes idades, diferentes capacidades, diferentes interesses e diferentes níveis de desenvolvimento começam o 1º ano de escolaridade. E isto pode ser um verdadeiro desafio para os professores.

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 Mas pense comigo, como é que normalmente definimos se uma criança está ou não preparada para a escola?

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 Um teste que inteligência ou conhecimentos.

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 Pois… aqui vai uma daquelas coisas capazes de pôr o FB em rebuliço:

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 A inteligência da sua criança não vai servir de muito se ela não conseguir ficar sentada, manter e alternar estados de atenção, desencadear estratégias de autorregulação adequadas ou usar o seu corpo para a ação.

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 Crianças diferentes têm níveis de maturação neurológica diferentes. Por exemplo, uma criança que entre com 5 anos de idade, está provavelmente a maturar as suas capacidades de dominância manual, motricidade fina e coordenação bilateral que podem tornar tarefas como recortar ou aprender a escrever muito mais difíceis. Quando comparada com os seus colegas de 6 anos (alguns até fazem 7 anos em janeiro) estamos a falar de 1 a 2 anos de maturação neurológica! 2 anos nestas idades é quase uma vida minha gente!

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 O grande desafio aqui? É que muitas vezes, temos crianças com 7 anos, que ainda não têm dominância definida, que têm problemas de discriminação tátil, que não conseguem filtrar estímulos irrelevantes e, portanto não conseguem mostrar as capacidades que têm, falhando os objetivos propostos. Estas questões acontecem em crianças com desenvolvimento típico, sem qualquer diagnóstico.

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 Mas se isto é tão importante para o sucesso académico, as escolas deviam ter isso em conta certo?

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 Certo, só que não!

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Quantas escolas conhece que perguntam aos pais sobre a sua própria dominância? Quantas delas reconhecem que crianças com diferentes capacidades de percepção visual precisam de estratégias diferentes, como cadernos de linhas triplas, réguas ou marcadores para auxiliar a aprendizagem? Quantas delas avaliam as capacidades proprioceptivas da criança para entender que tipo de escrita e materiais devem ser usados e como adequar a posição na carteira?

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 De que vale a uma criança a sua inteligência, se não teve tempo, ou oportunidades para desenvolver as bases sensoriomotoras que lhe permitem demonstrar a sua inteligência?

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 Estes são tempos únicos! Milhões de crianças por todo o mundo ficaram confinadas em no momento em que o seu cérebro mais precisava de experiências! E isso tem que ser tido em conta neste regresso! Aquilo que elas não experienciaram vai ter mais impacto do que aquilo que elas não aprenderam do currículo. 

Em que é que vai trabalhar hoje?

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